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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um Olhar Sobre a Nação Tuxá




Há algum tempo poderia dizer que a Nação Tuxá estava em processo de extinção, porém o que vejo hoje é algo extraordinário, onde o sonho e a crença de um povo renascem fortalecidos a partir dos primórdios de sua história, força que marca a geração mais jovem, processo singular de um sentimento de pertencer, de reconhecer-se como gente da “Tribo Tuxá”.

É inevitável falar em índio Tuxá e não lembrar a Ilha da Viúva, cenário que marcou esse povo e o eternizou, enraizou a sua cultura naquilo de que os seus rituais sagrados é a grande essência da alma que paira sobre as suas mentes. Não apenas da necessidadede sobrevivência como humanos, mas, sobretudo no orgulho de entender que não basta nascer, deve se entregar, fazer-se existir, afirmar-se como índio da nação Tuxá e este espaço foi durante anos o caminho delineado por outras gerações e que agora constrói-se outra referência em uma terra diferente onde o chão não é mais o mesmo que muitos pés bateram acompanhados da entonação vocal dos cantos do Toré, registro inconfundível da Cultura desse Povo.

Não o bastante encontra-se nesta a querência de sempre mais e melhor, resultado da civilização moderna inevitável, onde buscar o conhecimento universal é também fortalecer a sua cultura. É deixar claro para todo o mundo que antes de ter, existe o ser índio

Tuxá povo que resiste ao tempo sobre a proteção daquele que eles acreditam mais – o que os criou. É um misto do que é secular, o de hoje e o futuro, posteridade na certeza de que a vida é muito mais do que acordar todos os dias, é viver na sua essência como povo ímpar na história desse nosso Brasil.

Clemilton Cunha.

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